sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Fazenda Barreiros

Xique-xique fruit... Em tempos idos, a Fazenda Barreiros, que pertence à família do Cel. Manoel Pereira Lima há mais de 150 anos, era ponto de chegada e partida de tropeiros, que tangiam gado do porto da capital do estado de Pernambuco, comprados com o látex da maniçoba, para essa e outras propriedades da família.
Nessa propriedade que conserva toda a sua simples rusticidade, o visitante encontrará uma gastronomia típica e pratos com sabor de história viva, destaque para o “bode enterrado” e o “sartapratrás (quixiba)”, terá contato com as atividades produtivas que caracterizam a propriedade, desfrutará das belezas naturais, poderá interar-se com a cultura e as tradições locais e descansar num local agradável, além da possibilidade de compra de produtos típicos: artesanato entre outros gêneros de consumo produzidos na localidade.
Dentro da área de reserva de caatinga da Fazenda Barreiros (600 ha), encontra-se uma importante porção da Serra Grande e do Riacho São Domingos, ambos, de reconhecido valor histórico, devido aos inúmeros vestígios deixados por cangaceiros, além de que, célebres combates entre cangaceiros e volantes ocorreram no seu território e entorno, fatos citados em reconhecidas obras da literatura Lampiônica.

O Combate da Serra Grande

O tiroteio iniciou por volta das 7:30 h do dia 27 de novembro de 1926, e durou praticamente o dia inteiro. Lampião ficou excepcionalmente fortalecido por ter derrotado, com apenas 90 homens, uma supervolante de 300 soldados, esta, comandada por seus piores inimigos, entre os quais: Manuel Neto, Arlindo Rocha, Theóphanes Ferraz Torres e Higino Belarmino, o Nego Higino. Os policiais tinham ido enfrentar o grupo de cangaceiros nos paredões da Serra Grande, a 25km de Vila Bela (atual Serra Talhada, em Pernambuco) na tentativa de resgatar o refém, Pedro Paulo Mineiro Dias, funcionário da Standard Oil Company, pela vida do qual os bandoleiros pediam 16 contos de réis. O Combate da Serra Grande é considerado o maior e mais violento de toda a história do cangaço.

O Riacho São Domingos

Segundo a história e os “causos” narrados pelos nativos, este importante afluente do Rio Pajeú, durante o auge do fenômeno do cangaceirismo, lavadeiras, prostitutas e músicos (sanfoneiros, zabumbeiros e tocadores de triângulo) do distrito Caiçarinha da Penha eram chamados por Lampião para irem ao Riacho São Domingos prestar serviços e animar o bando.

A Restauração

O Riacho São Domingos, além de ter testemunhado ao longo de seu sinuoso curso, fatos marcantes da história do banditismo rural, é um vertedor de grande importância para a região, por isso, o reflorestamento da mata ciliar de uma das suas nascentes e o manejo dos recursos naturais, são preocupações intrínsecas ao nosso trabalho de resgate e preservação, que inclui o uso adequado da água e o plantio de espécies atualmente exploradas pelo extrativismo vegetal.
Desta forma, espécies de plantas frutíferas, usadas para a fabricação de doces, bem como as que fornecem fibras e outros materiais para o artesanato, serão cultivadas em área separada de onde se localiza a reserva. Paralelamente, está sendo realizado um estudo do bioma original da mata ciliar e da caatinga localizada na propriedade e entorno da mesma com o objetivo de restaurar o ecossistema da mata ciliar de modo a aproximá-lo ao máximo da composição de espécies original.

Atrativos para visitas pedagógicas e aulas de campo

While preparing the lunch ... (charque na abóbora) Através de suas características naturais (relevo e vegetação nativa), peculiaridades históricas e costumes rurais. Apresentamos um local propício ao turismo rural, pedagógico, histórico, ecológico e contemplativo, bem como à prática de algumas atividades ligadas aos chamados esportes de aventura e aulas de campo com alunos de escolas e universidades.

De modo há não interferir ou degradar as áreas preservadas, modalidades de trilhas e expedições (carro-de-boi, cavalo, charrete, “trekking”, e jipe) podem ser agendadas e organizadas, possibilitando ao visitante, dependendo do foco do seu interesse específico, conhecer:

• Áreas de relevância histórica;
• Características e espécimes da fauna e da flora do bioma caatinga (visitas exclusivas para observação de animais, deverão seguir critérios especiais);
• Demonstrações sobre a aplicação de vegetais nativos na culinária e na cura de doenças;
• Conhecer os métodos rudimentares de cultivo (visitas sujeitas a sazonalidade e fases das atividades agrícolas);
• Extração do látex da maniçoba;
• Conhecer a história e participar do ritual do “bode enterrado”;
• Métodos de processamento da mandioca em casas de farinha rústicas e mecanizadas;
• Noções de preservação ambiental, sobrevivência na caatinga, orientação com bússola e GPS.

Durante todo o ano o visitante ainda terá acesso a um acervo de objetos que fazem parte da história, costumes e tradições locais, como armas de caça e outros artefatos (armadilhas), implementos agrícolas, utensílios de cerâmica, couro e fibras naturais e ainda artesanato e especiarias.
Além disso, a proximidade da cidade de Serra Talhada (cerca de 9 Km de estrada de terra batida, mais 34 Km de asfalto), traz ao visitante certa comodidade, pois, ao término de suas atividades, poderá recorrer à estrutura oferecida nos hotéis, restaurantes e comércio daquela cidade.

Desenvolvimento local

Ceramics Seguindo o viés da “Sustentabilidade”, buscamos apoiar as 200 famílias da comunidade local na gestão de recursos naturais e culturais. Priorizando a valorização da memória e conhecimentos como, por exemplo, as técnicas de artesanato, tradições culturais e traços da gastronomia que atualmente tendem ao esquecimento.
Na medida em que são ministrados cursos e palestras de capacitação, na própria comunidade a fim de permitir uma autonomia de seus moradores, em atividades que permitam o bem estar econômico e social, sem prejuízo aos recursos naturais e patrimônio histórico, as ações do projeto visam empregar ao máximo a mão de obra local na prestação de serviços. O projeto é resultado da parceria entre a iniciativa privada (proprietário), empresas e órgãos públicos como a SENAR (Serviço Nacional de Aprendizado Rural), MI – Ministério da Integração, SEBRAE, CDL, a UFRPE e uma Associação de Moradores.

Missão

Cactus and the moon (Faxeiro siluet) Fortalecer a difusão de habilidades e tradições peculiares dessas comunidades, promovendo a inclusão social e resgatando a auto-estima dos envolvidos;